RESTAURANTE JOCKEY: UMA JÓIA NO HIPÓDROMO

É um lugar que pertence aos cavalos e a quem os ama. E no meio deste hipódromo centenário, o restaurante Jockey realça o toque exclusivo e, pasme-se, tão familiar.

O GPS pode bem ser o primeiro a perder-se, mas seguindo a Alameda das Universidades e virando à direita quando já não houver como ir em frente, uma cancela e uma portinhola de guarda dão a boa notícia, a da chegada anunciada à Sociedade Hípica Portuguesa, ao seu Hipódromo do Campo Grande e, no meio de tanto alegria equestre, à porta de um restaurante de excepção, capaz de ser tão familiar quanto exclusivo. O Jockey.

Muitos conheceram-no pela esplanada, que dá para o hipódromo propriamente dito, num percurso de relinchos e aromas que só quem ama os cavalos toma por esplendor. O hipódromo fez 108 anos em Março, o restaurante denota pela decoração e a compartimentação dos lugares que começou por ser estábulo, mas a sua soberba ementa nada tem de ‘comida de manjedoura’, essa bizarria onde o comensal tantas vezes mastiga a galope alimento de ‘palha’. Decididos, os amigos lá foram confirmar delícias antigas de que já os seus pai falavam, que o Jockey anda há décadas a fazer as vezes do clube de que todos devíamos ser sócios.

Abriu-se a preceito com um mil folhas de alheira de caça, delicioso no preparo e de subtil crocante, ao lado das inevitáveis gambas kadafi no ‘pico’ certo e em onda de mix o misto de fumados sob ovo com vinagrete de framboesa, entrada a dar uma lufada de frescura bem necessária ao prato-forte. Regresso às gambas, desta vez ‘à Brás’, petisco de chorar por mais. As Migas de Bacalhau é troféu da casa e não deixámos que ele nos escapasse. O Jockey afamou-se entre muitas outras coisas pela qualidade da sua carne e os diferentes nacos de lombo provam-no insistentemente. Incluindo o intrincado Wellington, também conhecido entre os cozinheiros amadores como a ‘missão impossível’. E não se lhe podia pedir melhor confecção.

Uma pausa, de goles profundos e sentidos, para falar do vinho bebido e sorvido. O rei da festançã foi o Meandro do Vale Meão 2015, tinto de cor vivaça e um aroma intenso de frutos silvestres e vermelhos. Esses toques de fruta mantiveram-se na prova, cada sorver servido por um final de boca longo e a anunciar frescura necessária para que os amigos abraçassem a causa das sobremesas. Nem sei por que razão mais virados para os achocolatados, os amigos atiraram-se sem receio aos prazeres de derreter do cheesecake de chocolate branco, à fusão de chocolate e avelã (se a perfeição tem um nome deve ser parecido a este…) e sempre em tons de frescura fechou-se a lide com a sopa de morango com gelado de nata. Noite sensacional, já se vê.

Em última nota regressamos à actividade do Hipódromo do Campo Grande, telf. 217 817 410). É incessante e para além da escola de equitação garante programas regulares de equitação para fins terapêuticos. Se isso não chegar para se fazer sócio…

Morada: Sociedade Hípica Portuguesa | Hipódromo do Campo Grande |1600-008 Lisboa
Horário: Segunda a Sábado: 12h00 – 16h00 e das 19h00 – 23h00 | Domingo: 12h00 – 16h00
Telefone: 21 795 75 21 | 92 710 40 08
Tipo de cozinha: Cozinha Tradicional Portuguesa
Esplanada: Sim.
Fumadores: Sim
Lotação: sala de restaurante: 70 pessoas| Sala de grupo: 60 pessoas | Esplanada: 30 pessoas
Preço médio: 30€

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *