SALVATO TELES DE MENEZES, PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO D. LUÍS I


Em Cascais há tudo o que existe numa grande cidade, com a vantagem de ser uma vila. E até o vento que chega do mar e da serra de Sintra já faz parte da nossa maneira de estar. Sem vento isto não tinha o mesmo interesse.

Quando há 25 anos foi convidado para administrador-delegado do «braço armado da Câmara de Cascais para a cultura» (como o atual Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, chama à Fundação D. Luís I),  Salvato Teles de Menezes mudou-se de Lisboa para Cascais e diz ter ganho em qualidade de vida: «Em Cascais há tudo o que existe numa grande cidade, com todas as vantagens de ser uma vila», justifica. À tranquilidade de um meio ainda razoavelmente pequeno aliam-se os benefícios da proximidade do mar e da serra, as enormes extensões para caminhadas e o clima ameno. Junta-se à riqueza natural o forte investimento da Câmara Municipal em todos os setores da vida comunitária, nomeadamente na cultura, facto a que o também tradutor e especialista em literatura norte-americana não é alheio, dado o seu envolvimento na programação dos equipamentos que constituem o Bairro dos Museus.

O seu Best Of de Cascais:

Lugares que não podemos deixar de visitar?

Monumentos: o edifício do Museu Condes Castro de Guimarães, emblemático pela sua beleza e situação, em cima do mar e com o parque à volta; o edifício do Museu da Música, no Monte Estoril, muito bonito; o edifício dos Paços do Concelho, onde agora está o Museu da Vila; e o edifício da Casa da Histórias Paula Rego, com prémio Pritzker, do Eduardo Souto de Moura.

Museus: o Centro Cultural de Cascais, que tem uma programação eclética; a Casa das Histórias Paula Rego que se dedica à obra da pintora; e o Museu Condes Castro de Guimarães porque tem um acervo importante, ao qual se alia muitas vezes exposições temporárias interessantes.

Praia: o Guincho, e em particular a Praia da Cresmina. O mar revolto, a água fria ou o vento não me incomodam nada, já que eu aprendi a nadar no mar de Moledo…

 

As melhores atividades de lazer / outdoor em Cascais?

As caminhadas, os passeios de bicicleta que a Câmara disponibiliza, as experiências no autódromo, a vela.

 

Os melhores hotéis?

Em Cascais não há nenhum hotel mau. É verdade que nunca durmo lá, mas a Fundação tem boas relações com todos. Recomendo qualquer um, em função da proximidade do que se pretende.

 

Os melhores restaurantes?

Dentro de um determinado nível, eu elejo o Beira Mar, o Monte Mar e o Fortaleza do Guincho. São restaurantes excecionais. Mas frequento outros muito mais, no dia a dia, porque são restaurantes familiares, de cozinha muito caseira e com ótima relação qualidade preço. É o caso do Beirão, o Vela Azul (com ótimo peixe) e o À Nossa Mesa, em Alvide, um belíssimo restaurante cujos cozinheiros trabalharam em Londres com o Chef português Nuno Mendes.

Noutro estilo, elejo o Estoril Mandarim, que é para mim o melhor restaurante chinês onde já comi e que é assim reconhecido em todo o lado.

 

E os cafés?

Escolho a Garrett e a Sacolinha do Bairro do Rosário. O primeiro pela qualidade dos bolos, como o Bolo Rei excecional; o segundo porque se reúne ali uma pequena tertúlia aos fins de semana, onde estão os amigos.

 

As paragens obrigatórias na noite?

Saio à noite, mas é para ir a casa de amigos. Também frequento os espetáculos do Casino, que tem uma agenda muito diversificada, parte dela também da responsabilidade da Fundação D. Luís.

 

As melhores lojas para fazer compras?

Gosto de ir ao centro de Cascais, onde está por exemplo uma verdadeira instituição cascalense que é a gelataria Santini, sempre com fila à porta. No comércio tradicional destaco as drogarias, as livrarias como a Galileu, o alfarrabista da Casa da Guia, que arranja sempre tudo o que procuramos, a livraria Déjà Lu. Outro espaço comercial a que ninguém consegue fugir é o Cascais Shopping, que é um fenómeno de êxito extraordinário.

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